Paciente executa seu próprio tratamento por meio da Diálise Peritoneal
15/10/2015

Paciente executa seu próprio tratamento por meio da Diálise Peritoneal


HSJosé  dispõe da modalidade desde 2014

A Diálise Peritoneal (DP), é uma modalidade de diálise em que o próprio paciente executa seu tratamento.
Esta modalidade de diálise serve para qualquer paciente que apresente doença renal crônica ou aguda e que necessite de terapia de substituição renal. Além da DP, outras duas opções de terapia de substituição renal são a hemodiálise e o transplante renal.
A  médica nefrologista do HSJosé Dra. Cassiana Mazon Fraga (CRM 9170) explica que: “a modalidade de diálise é uma decisão do paciente com auxílio da equipe de nefrologia, salvo algumas exceções em que a decisão ocorre por determinadas características dos pacientes. Como na hemodiálise a DP serve para filtrar o sangue eliminando as toxinas que já não são mais filtradas pelos rins”, declara.
     A DP é feita por meio de um pequeno tubo flexível chamado cateter, este, é colocado por meio da parede abdominal para o interior da cavidade peritoneal. O cateter é chamado de acesso, pois fornece uma maneira de colocar a solução de DP no interior do peritônio. “ O processo acontece pois a solução flui para dentro e para fora da cavidade peritoneal por meio do cateter. O cateter é colocado através de uma pequena intervenção cirúrgica ambulatorial. A abertura do cateter cicatrizará durante algumas semanas antes de iniciar a diálise. Normalmente o cateter não dói e permanece no local ao longo do tempo da DP. Junto ao cateter é inserido um líquido dentro da cavidade abdominal, este líquido servirá para filtrar seu sangue e remover fluídos excedentes usando um dos filtros naturais do próprio corpo, a membrana peritoneal. A membrana peritoneal é o revestimento que circunda o peritônio, ou cavidade abdominal, que contém o estômago, baço, fígado e intestinos. Uma solução de Diálise Peritoneal (DP) é colocada no peritônio. A membrana peritoneal filtra os resíduos e fluidos do sangue para a solução. A solução que contém os resíduos é drenada do peritônio após várias horas e substituída por uma solução limpa. Este processo é chamado de troca”, explica a especialista.
     Ainda de acordo com a médica, existem duas modalidades de diálise peritoneal: Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua - CAPD e Diálise Peritonial Automatizada -  APD.
Nas duas modalidades o paciente recebe todos os meses em casa, o material necessário ao seu tratamento.
No CAPD o paciente irá realizar em torno de quatro trocas do líquido de diálise e na APD, a diálise acontece através de uma máquina que faz as trocas durante a noite enquanto o paciente dorme.
Cassiana explica que algumas pessoas identificam-se com a flexibilidade e independência da técnica. "Pacientes em DP, podem levar uma vida normal.
A maioria das pessoas aprecia a flexibilidade e a independência que se tem com a DP, pois o é possível ajustar o processo do tratamento de acordo com o trabalho, escola ou planos de viagem, porque é o próprio paciente o responsável pelo seu tratamento. As trocas do líquido duram de 15 a 20 minutos na CAPD e a conexão a máquina na APD dura 10 minutos. A eficiência e a segurança da DP é a mesma da hemodiálise para a maioria dos pacientes. Muitos pacientes conseguem ter uma dieta menos restrita quando comparados com pacientes que fazem hemodiálise, pois diariamente estão fazendo diálise”, explica a especialista
O HSJosé iniciou o atendimento de CAPD há aproximadamente um ano apenas, pois não havia nenhum incentivo por parte do governo para realização deste tratamento.
Atualmente cerca de quatro pessoas fazem o tratamento de CAPD no HSJosé.

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