Nutricionista do HSJosé faz alerta sobre o consumo excessivo de açúcar
30/08/2022
Foto divulgação: banco de imagens

Nutricionista do HSJosé faz alerta sobre o consumo excessivo de açúcar

O cuidado na alimentação faz parte da rotina para se manter hábitos saudáveis que impactam na saúde e bem-estar das pessoas. Um dos alimentos que deve ser reduzido e que ainda gera muitas dúvidas quanto a utilização é o açúcar. Ele pode ser encontrado em diversos tipos e classificado conforme as etapas de refinamento e processamento na indústria.

“O açúcar é extraído da cana e pode ser encontrado como melado, açúcar mascavo (bruto, escuro e úmido), açúcar demerara (cristais úmidos e transparentes e coloração mais clara que a do açúcar mascavo, extraído do melado), açúcar refinado (o famoso açúcar de cozinha) e o açúcar cristal (cristais brancos). Quanto maior o refinamento desse açúcar menor será sua qualidade nutricional, o refinado e cristal são os mais processados. Porém, todos os tipos citados acima são açúcar e possuem o mesmo teor de calorias e o mesmo poder de aumentar os níveis de açúcar (glicemia) no sangue”, explica a nutricionista do Hospital São José, Leila Viana.

De acordo com a especialista, a Organização Mundial de Saúde, a Associação Americana de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Diabetes recomendam que seu consumo não deve ultrapassar 5% do valor total de calorias diárias dos indivíduos. “Porém, vale ressaltar que a adição de açúcar na nossa alimentação não é necessária. Todavia, seu consumo esporádico e controlado não tende a trazer grandes prejuízos”, comenta.

 

Riscos à saúde quando consumido de forma excessiva

O consumo de açúcar e alimentos açucarados estão entre as principais causas de obesidade, devido seu impacto calórico. “Além disso, o consumo de açúcar aumenta os níveis de glicemia, sendo assim é contraindicado principalmente para diabéticos. Seu consumo frequente e em excesso também aumenta os níveis de colesterol, triglicerídeos e também pode aumentar os riscos de doenças cardiovasculares e deposição de gordura no fígado. Além de impactos na saúde bucal, intestinal e estéticos, como acne e celulite. Vale ressaltar, que esses riscos estão relacionados ao seu consumo frequente e em excesso”, esclarece Leila.

A indústria utiliza alguns tipos de “açúcares” artificiais nos alimentos processados, como a frutose, xarope de milho, xarope de glicose. “É importante deixar claro que a frutose que faz mal é a industrial e não a da fruta”, esclarece.

Segunda a profissional, há algumas formas que podem ser utilizadas para reduzir o consumo de açúcar no dia a dia. “Primeiramente, é importante saber que o nosso paladar é adaptável. Devemos aprender a sentir o gosto real dos alimentos que estamos ingerindo. O açúcar não pode roubar o sabor dos outros alimentos. Um exemplo muito comum disso que estou falando é do café adoçado: o café tem sabor amargo, forte e ponto. Ao beber um café doce iremos sentir o sabor do açúcar, que está mascarando ou roubando o sabor real da bebida, então para que tomar café? Se você toma café doce, vale a pena reduzir gradualmente a quantidade de açúcar, persistir, até tolerar consumir ele sem adoçar. Isso vale para todos os demais alimentos que você costuma adoçar. Nesse processo você pode adicionar canela em pó que tem o poder de doçura”, enaltece a nutricionista.

 

 

Alimentos que diminuem a vontade de comer doce/açúcar:

- Canela: para adicionar no café, frutas picadas, smoothies, vitaminas de frutas, etc;

- Frutas passas/secas;

- Tâmaras;

- Cacau 50 a 100%;

- Oleaginosas.

Uma receitinha rápida: banana madura, cozinhe no micro-ondas por 1 minutos, após adicionar canela e cacau em pó. Fica deliciosa e doce.

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