Criciúma - Para contar a história das recém-nascidas Vitória e Alicia não dá para, necessariamente, chamá-las de “as pequenas irmãs”. As meninas vieram ao mundo com peso incomum para a gestação de gêmeos e surpreenderam não só a família, mas também a equipe que atuou no parto. O nascimento ocorreu na manhã de quinta-feira (3/11), no Centro Obstétrico do Hospital São José, e a dupla passa bem, com expectativa de ir para casa já neste sábado.

Bivitelinas, Alicia nasceu com 4,260 quilos e 50 centímetros, enquanto Vitória pesa 3,655 e mede 48 centímetros. De acordo com o ginecologista/obstetra que fez a cesariana, Dr. Eduardo Búrigo, os pesos são incomuns em gêmeos, que, normalmente, nascem com 2,8 quilos. A explicação para o tamanho das meninas está nas complicações que a mãe, Liliane dos Santos Garcia, de 29 anos, apresentou durante a gravidez. A manicure desencadeou diabetes e hipertensão.

O médico explica que o aumento de peso dos bebês é comum nesta situação. “O peso das crianças foi efeito do diabetes da mãe, o que é comum de ocorrer, porém, não com gêmeos. Assim, é a primeira vez que acompanho”, contou o especialista, que há 24 anos atua na obstetrícia. Também o parto das meninas foi difícil, segundo Liliane, porque a anestesia não pegou e ela desmaiou. “Não vi elas nascerem, mas, logo ao acordar, me tranquilizaram que estavam bem”, suspirou a mamãe.

Moradora do bairro Primeira Linha, em Criciúma, a manicure confessa que não sabia que as filhas estavam tão pesadas. O último ultrassom feito durante o pré-natal foi em 21 de agosto, quando as meninas estavam com pouco mais de 1,1 quilo. Contudo, Liliane não se sentia confortável durante os últimos meses de gestação, porque sua barriga estava muito grande e havia engordado 30 quilos. “Nossa, doíam as pernas, era difícil para dormir, levantar e tomar banho”, ilustrou, contente porque as gêmeas estão bem de saúde apesar de tudo.

Taize Pizoni
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