Raios-X: o exame que fotografa o corpo humano
20/02/2018

Raios-X: o exame que fotografa o corpo humano

     O raio-x é um exame muito comum e certamente boa parte da população já realizou. O procedimento acontece com radiação ionizante, com frequências superiores a radiação ultravioleta, em que ondas eletromagnéticas semelhantes a luz não visíveis, mas com uma forte penetração, conseguem fazer exatamente uma foto , “desenhando” a estrutura do organismo humano.

 

     O exame acontece quando o raio-x pressiona uma placa em um filme fotográfico, desenhando a estrutura que precisa ser analisada. Este “filme”, depois é impresso ou lido em um leitor digital, será estudado para que então se possa fazer o diagnóstico de determinada patologia que  acomete o organismo do paciente. “O raio-x serve para avaliar as condições de órgãos e estruturas internas como o pulmão, coluna, pesquisa de fraturas, para acompanhar a evolução de tumores e doenças ósseas, entre outras patologias”, ressalta o médico radiologista do Hospital São José Bruno Wendhausen de Oliveira (CRM 17979/ RQE 9954).

 

    Em um exame de raio-x é possível identificar inúmeras patologias além de fraturas; como por exemplo, distúrbios de crescimento, alterações degenerativas em patologias torácicas para diagnosticar pneumonias, tumores, alterações cardíacas etc; avaliação abdominal, alterações em fígado, baço, cálculos renais, corpos estranhos, entre outros.

 

Como é realizado o exame:

 

    O exame é realizado por intermédio de feixes de luz, que são emitidos por um gerador que penetra em alguns órgãos e tecidos, podendo ser mais ou menos absorvido dependendo do local. Nos tecidos moles como fígado e pulmões são menos absorvidos do que nos ossos por exemplo.

   

    O aparelho que realiza o exame é chamado de Tubo de Coolidge; uma espécie de tubo oco que contém um elétrodo de carga elétrica negativa em seu interior. Quando esse elétrodo é aquecido por uma corrente elétrica enviada por um gerador  emite grande quantidade de eletétrons, que são fortemente atraídos pelo elétrodo positivo, chegando ao corpo com grande movimento. Quando eles se chocam com a carga negativa, transferem energia para os elétrons que estão nos átomos da carga positiva. É aí então que os elétrons com energia são acelerados e emitem ondas eletromagnéticas, ou seja os raios X.

    É possível realizar exame de raio-x em qualquer parte do corpo humano, porém é importante destacar que o exame só deve ser realizado quando há indicação médica. Existem também os exames de raio-x com contraste venoso ou oral, esses necessitam preparos adicionais.

 

De acordo com o especialista, para radiografias sem contraste não há contraindicação formal. “É importante destacar que os exames devem ser bem indicados após avaliação médica para evitar exposição desnecessária ao raio-x, principalmente em grávidas e crianças. Exames com contraste devem ser avaliados a possibilidade de realização com os médicos solicitante e o radiologista, pois necessitam preparo adequado e podem ser contraindicados em casos de alergias ou outras condições clínicas”, destaca.

 

Descoberta do Raio-X

 

    A descoberta do raio-x e a primeira radiografia da história aconteceram em 1895, o físico alemão Wilheelm Conrad Rontgen, foi quem realizou o procedimento. Foi a partir deste momento que se teve início a história da radiologia no mundo.

 

   O físico, fez a descoberta ocasionalmente, quando em seu laboratório testava o fenômeno de luminescência produzido por raios que eram projetados por um tubo de vidro. Ele queria descobrir como estes raios chamados de catódicos se propagavam para fora do tudo. Foi neste momento que o físico decidiu testar a ideia, posicionando a mão de uma pessoa, fazendo incidir a radiação vinda do tubo por cerca de 15 minutos; entre o tubo e o um papel fotográfico, foi quando observou que o processo havia registrado a primeira radiografia humana.

 

     O procedimento ficou registrado então na história da humanidade no dia oito de novembro de 1895. No Brasil, a primeira radiografia realizada foi em 1896. 

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