HSJosé contrata pintor Haitiano
04/06/2014

HSJosé contrata pintor Haitiano

Com garra e força de vontade haitiano demonstra querer vencer

 

Criciúma – Ainda tímido sem dominar muito a língua portuguesa, Olivier Dely de 32 anos busca uma oportunidade que possa ajudá-lo a crescer e se tornar um profissional ainda mais qualificado.

     Foram quilômetros e quilômetros de viagem para chegar ao destino que poderia lhe garantir uma vida melhor. Foi este o pensamento que Dely teve quando decidiu deixar sua família, e a vida que levava na cidade de San Marco, no Haiti para seguir rumo ao Brasil, seu novo desafio.

Dely chegou ao Brasil com intenção de ficar, trabalhar e construir uma família aqui. Tanto que trouxe junto sua namorada, ela também veio tentar a sorte em um lugar melhor. Os dois acreditavam que poderiam conseguir empregos melhores e ter uma melhor condição de vida.

     O pintor chegou em solo brasileiro há cinco meses. Tentou trabalhar em outra empresa, mas as atribuições dadas a ele, não tinham nenhuma relação com a sua área de atuação; mas o que Dely realmente queria era trabalhar. O desafio não foi tão fácil, sem conseguir se adaptar ao novo emprego, Dely não desistiu e foi em busca de algo que tivesse relação com sua profissão, a de pintor. Foi quando soube que no HSJosé havia uma vaga para o setor de pintura. Por meio de amigos, conseguiu chegar a Instituição, fazer seu cadastro e passar para fase de entrevistas.

“Quando conversei com Olivier, percebi que ele estava realmente disposto a se comprometer com o hospital. Isso já faz muita diferença, a força de vontade. Observamos que ele estava legalizado no Brasil e continuamos o processo seletivo. Com um bom perfil, apesar da dificuldade do idioma; suas habilidades ultrapassaram este pequeno obstáculo, e a experiência com a profissão contou muito para que ele fosse contratado. Já está conosco há pouco mais de três semanas e tem demonstrado um bom desempenho”, relata Josiane Javorski, uma das psicólogas da Instituição que fez o processo seletivo de Olivier.

Junto aos colegas do setor de pintura do HSJosé, Olivier já ganhou espaço e aos poucos vai se sentindo mais a vontade. Já conhece todas as dependências do Hospital e ao que parece, sente-se bem no novo ambiente de trabalho. “Na cidade, ainda estou me acostumando com algumas situações e hábitos, mas aqui no trabalho, todos me receberam muito bem e fico feliz por isso”, conta timidamente o haitiano.

     Com esperança de crescer como profissional e adquirir mais experiência, Olivier quer aprender outras funções. Descobriu que em Criciúma cursos de soldador e torneiro são oferecidos gratuitamente, e não quer perder tempo. Vai se inscrever e iniciar um dos cursos, assim que tiver um tempinho, pois agora divide-se no trabalho e no auxílio com a namorada que está grávida e precisou ficar internada para um tratamento.

Desde o terremoto em 2010, mais de 30 mil haitianos já chegaram ao Brasil em busca de novas oportunidades. A catástrofe matou mais de 300 mil pessoas, e pelo menos 2 milhões de pessoas ficaram desabrigadas.

O país ainda esta em processo de reconstrução, mas o trabalho segue a passos lentos, pela dificuldade financeira. Todos os haitianos que chegam ao Brasil tem objetivos em comum, ter uma melhor oportunidade de trabalho para sustentar os familiares que ficaram por lá.

 

 
 
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Katia Farias
Assessora de Comunicação
(SC2895JP)
(48)34311510
 

Com garra e força de vontade haitiano demonstra querer vencer

 

Criciúma – Ainda tímido sem dominar muito a língua portuguesa, Olivier Dely de 32 anos busca uma oportunidade que possa ajudá-lo a crescer e se tornar um profissional ainda mais qualificado.

     Foram quilômetros e quilômetros de viagem para chegar ao destino que poderia lhe garantir uma vida melhor. Foi este o pensamento que Dely teve quando decidiu deixar sua família, e a vida que levava na cidade de San Marco, no Haiti para seguir rumo ao Brasil, seu novo desafio.

Dely chegou ao Brasil com intenção de ficar, trabalhar e construir uma família aqui. Tanto que trouxe junto sua namorada, ela também veio tentar a sorte em um lugar melhor. Os dois acreditavam que poderiam conseguir empregos melhores e ter uma melhor condição de vida.

     O pintor chegou em solo brasileiro há cinco meses. Tentou trabalhar em outra empresa, mas as atribuições dadas a ele, não tinham nenhuma relação com a sua área de atuação; mas o que Dely realmente queria era trabalhar. O desafio não foi tão fácil, sem conseguir se adaptar ao novo emprego, Dely não desistiu e foi em busca de algo que tivesse relação com sua profissão, a de pintor. Foi quando soube que no HSJosé havia uma vaga para o setor de pintura. Por meio de amigos, conseguiu chegar a Instituição, fazer seu cadastro e passar para fase de entrevistas.

“Quando conversei com Olivier, percebi que ele estava realmente disposto a se comprometer com o hospital. Isso já faz muita diferença, a força de vontade. Observamos que ele estava legalizado no Brasil e continuamos o processo seletivo. Com um bom perfil, apesar da dificuldade do idioma; suas habilidades ultrapassaram este pequeno obstáculo, e a experiência com a profissão contou muito para que ele fosse contratado. Já está conosco há pouco mais de três semanas e tem demonstrado um bom desempenho”, relata Josiane Javorski, uma das psicólogas da Instituição que fez o processo seletivo de Olivier.

Junto aos colegas do setor de pintura do HSJosé, Olivier já ganhou espaço e aos poucos vai se sentindo mais a vontade. Já conhece todas as dependências do Hospital e ao que parece, sente-se bem no novo ambiente de trabalho. “Na cidade, ainda estou me acostumando com algumas situações e hábitos, mas aqui no trabalho, todos me receberam muito bem e fico feliz por isso”, conta timidamente o haitiano.

     Com esperança de crescer como profissional e adquirir mais experiência, Olivier quer aprender outras funções. Descobriu que em Criciúma cursos de soldador e torneiro são oferecidos gratuitamente, e não quer perder tempo. Vai se inscrever e iniciar um dos cursos, assim que tiver um tempinho, pois agora divide-se no trabalho e no auxílio com a namorada que está grávida e precisou ficar internada para um tratamento.

Desde o terremoto em 2010, mais de 30 mil haitianos já chegaram ao Brasil em busca de novas oportunidades. A catástrofe matou mais de 300 mil pessoas, e pelo menos 2 milhões de pessoas ficaram desabrigadas.

O país ainda esta em processo de reconstrução, mas o trabalho segue a passos lentos, pela dificuldade financeira. Todos os haitianos que chegam ao Brasil tem objetivos em comum, ter uma melhor oportunidade de trabalho para sustentar os familiares que ficaram por lá.

 

 
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Katia Farias
Assessora de Comunicação
(SC2895JP)
(48)34311510

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