Hoje em dia já se ouve falar muito sobre a doação de órgãos, muito mais do que há alguns anos, quando uma atitude como esta era considerada um desrespeito para muitas famílias que tinham seu familiar com o diagnóstico de morte encefálica.

      A Morte Encefálica (ME) é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, com o resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado, e o cérebro morre. Por isso, não existe, infelizmente, mais nenhuma situação que possa ser feita para reverter o caso. Devido a isso, Instituições e Comissões lutam para que as pessoas tenham a consciência sobre a importância da doação de órgãos, nos casos de morte encefálica.

Como acontece a doação

     Para esclarecer as dúvidas, é importante ressaltar, que a doação de órgãos ou de tecidos é um ato onde as pessoas ainda em vida ou familiares, demonstram a vontade de doar uma ou mais partes do corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas que passam por algum problema de saúde.

     Antes da ME ser declarada, os profissionais que ajudam a cuidar do paciente tentam todas as possibilidades para que o pior não aconteça.

Dizer adeus a um ente querido é uma experiência difícil, pois a pessoa parece estar em um estado de sono permanente, isso porque o ventilador mecânico leva ar aos pulmões, o monitor pode demonstrar que o coração ainda bate, seu ente querido pode estar aquecido quando o tocar e ter cor em sua face mas, realmente, ele não tem mais vida.

     Histórias difíceis se contrastam, porque ao mesmo tempo em que uma pessoa perde a vida, com a doação de órgãos, uma ou mais vidas podem ser salvas.

A Comissão Hospitalar de Transplantes do Hospital São José

     A intenção de Comissões como a CHT é motivar e pedir às pessoas que entendam o processo de doação, pois este sentido de vida precisa ser estendido e disseminado no Brasil e no mundo.

     Criado em 1997 o Sistema Nacional de Transplantes quer fazer com que se torne evidente e claro todas as atividades realizadas nesta área de doação e transplante, para que as pessoas sejam esclarecidas e confiem no Sistema e na assistência que será prestada. No Brasil o dia Nacional de conscientização é lembrado em 27 de setembro.

     O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo, com cerca de 1.100 equipes transplantadoras em todo país.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, após a realização de uma projeção de transplantes, em 2018 houve um aumento na doação de órgãos; foi possível bater o recorde dos transplantes de fígado (2.222), pulmão (130) e coração (382). Para medula óssea foi possível atingir a marca de (2.684) transplantes.

Seja um doador de órgãos

     A legislação brasileira estipula que a captação de órgãos só pode ser autorizada pelos familiares até quarto grau de parentesco. Por isso, é importante que o assunto seja divulgado e discutido de forma incansável entre as pessoas para que todas as dúvidas sejam esclarecidas, e para que desperte na população, a vontade de ser um doador, e o mais importante que comunique à família sobre o desejo.

     O dia do Doador foi instituído afim de incentivar cada vez mais a aceitação. Atualmente, só em Santa Catarina 523 pessoas aguardam um órgão para seguir em frente com sua vida. “As pessoas não precisam ter medo, precisamos conscientizar a população sobre o quanto é importante ser um doador. Lidar com a dor, todos sabemos que não é fácil, perder uma pessoa é doloroso demais, mas salvar uma, duas ou mais vidas certamente traz um conforto ao coração”, ressalta a enfermeira do HSJosé e da CHT Daniela Luiz Rocha.

Ações do Hospital São José

     Com objetivo único de sensibilizar as pessoas, o HSJosé por intermédio da Comissão Hospitalar de Transplantes (CHT), promove ações de conscientização com momentos informativos em vários lugares da cidade como escolas, empresas e instituições.

     No dia 18 de setembro, a comissão organizou uma palestra para alunos da SATC, onde o médico responsável pela CHT do HSJosé, Dr. Felipe Dal Pizzol, falou sobre o processo de doação de órgãos para alunos e professores.

     No dia 27 de setembro, enfermeiros do Hospital, estarão em frente ao hospital, no horário de visitas, divulgando e informando as pessoas sobre a importância da doação de órgãos.

Seja um doador, comunique sua família sobre sua intenção.