O período de gestação e parto envolve muitas mudanças na vida da mulher. A gestação para muitas mulheres é um dos momentos mais esperados da vida. Estar gerando um filho é algo desejado por boa parte da população feminina e por isso os cuidados com a saúde são fundamentais. Durante os noves meses em que a mãe fica a espera de seu bebê, fazendo o acompanhamento do pré-natal, é preciso tomar alguns cuidados, principalmente com o uso de medicações.
Um lembrete importante:o uso de medicamentos deve ser controlado e dosado, não somente na gravidez.
Efeitos mais intensos na gravidez
De acordo com especialistas, os fármacos podem causar efeitos mais intensos quando utilizados no primeiro trimestre da gravidez, pois neste período a medicina considera o tempo de diferenciação do embrião, em que a introdução de substância química pode resultar malformações fetais. A maioria dos medicamentos ingeridos, podem atravessar a placenta e assim as substâncias químicas irão atingir o feto.
Na gravidez é imprescindível que a paciente avalie, junto ao seu médico obstetra, a natureza do medicamento que será utilizado e sobre os efeitos que podem ter sobre o feto e seu uso. Esta conversa é absolutamente necessária.
“Há uma série de medicamentos que são contraindicados na gestação e que podem fazer mal ao bebê. Na gestação, o uso de medicamentos deve sempre ser orientado por um médico e deve-se evitar a automedicação. Como exemplo, temos o uso de anti-inflamatórios, medicamentos simples que muitas vezes são utilizados para dor ou febre e que, na gestação, se utilizados após a 32ª semana podem causar fechamento precoce do ducto arterioso fetal, que faz parte da circulação do feto, causando graves problemas”, explica a ginecologista e obstetra do Hospital São José, doutora Luiza Ramos (CRM17299 – RQE 14900).
De acordo com a especialista, além do uso indevido de medicamentos sem a prescrição médica, o uso de receitas caseiras e de família deve ser avaliada individualmente. Mas se envolver alimentos saudáveis, frutas, verduras, poucos industrializados, não há problema para o consumo.
Os especialistas alertam que o ideal seria não fazer uso de nenhum tipo de medicamento durante a gravidez, mas nem sempre isso é possível. As gestantes e mulheres no geral, estão expostas diariamente a inúmeras categorias de medicamentos. Vitaminas, agentes anti-infecciosos, analgésicos e produtos dermatológicos estão sempre nas prescrições das mulheres grávidas.
Desta forma fica claro, que o uso de medicamentos deve ser avaliado e comparado ao risco de fazer uso dos mesmos ou não.
Procurar orientação médica sempre que houver necessidade de ingerir algum medicamento durante a gravidez é imprescindível durante o período gestacional.
Um estudo realizado pela Organização Americana Food and Drug Administration, apontou um grupo de diferentes categorias de medicamentos e os riscos que podem trazer ao organismo das gestantes.
Medicamentos tipo A
Totalmente seguros durante a gestação. Foram provados em gestantes não ocasionando nenhum risco para o bebê:
Medicamentos tipo B
Podem ser tomados com certa precaução. Estas medicações foram provadas em animais sem demonstrar efeitos secundários e alguns estudos foram realizados em gestantes sem identificar efeitos adversos:
Medicamentos tipo C
Os medicamentos desta categoria devem ser evitados, já que não existem estudos suficientes que garantam sua segurança. Quando necessário, devem ser administrados em situações pontuais onde o médico irá ponderar o benefício do seu uso com relação ao risco que podem ocasionar ao bebê:
Medicamentos tipo D
Estes medicamentos devem ser evitados porque existem estudos que demonstram que podem ocasionar malformação no feto. A gestante deve tomar este tipo de medicamento em raras exceções indicadas pelo médico:
Medicamentos tipo X
Estes medicamentos têm efeitos negativos nocivos para o bebê. Estudos em seres humanos e animais demonstraram que sua utilização prejudica de tal forma o feto que não há situação em que o risco vale a pena. Portanto, em nenhuma etapa da gravidez devem ser administrados: