Cirurgias pediátricas ganham assistência diferenciada

Criciúma - Prestar assistência de forma humanizada é fator fundamental no atendimento de qualquer instituição hospitalar. “Ser um centro de Excelência em Assistência Hospitalar, Ensino e Pesquisa, baseado na Gestão, Humanização e Inovação com referência nacional”, é a visão do HSJosé, nestes 79 anos de trabalho e serviço. A humanização faz parte da assistência e compreende em ter um olhar de forma integral ao paciente; atendendo suas necessidades, sejam estas emocionais, físicas, sociais ou espirituais. Por isso, pensando neste contexto, o serviço de cirurgia pediátrica do HSJosé, por meio de seus médicos, enfermeiros e demais profissionais; resolveu melhorar sua forma de atendimento a pacientes que precisam passar por procedimentos cirúrgicos.

     O serviço começou a ser realizado na sexta-feira (28/08). Trata-se de um tratamento diferenciado e muito mais humanizado, oferecido para crianças e familiares que vem ao HSJosé.

Dr. Rui Guedin, é anestesiologista e chefe do centro cirúrgico do hospital, ele afirma que este tipo de situação é um ganho coletivo. “Humanizar cirurgias pediátricas traz um ganho para os pais, pacientes, médicos e para a equipe do hospital. Queremos o bem-estar do nosso paciente; queremos melhorar ainda mais o serviço. Atuar de forma muito mais humanizada do que já atendemos, certamente diminui o trauma de um paciente que precise passar por uma cirurgia. Assim, tudo melhora”, aponta o especialista. O processo ganhará nova “roupagem e abordagem”, a criança irá receber o acompanhamento do pai ou mãe, até o momento de sua sedação na sala de procedimentos. Somente quando a cirurgia iniciar, é que os pais deverão sair da sala. Um espaço especial, com novas poltronas e brinquedos, está sendo preparado para dar mais conforto e comodidade aos pacientes e familiares na sala de recuperação. “Pensamos neste novo processo para atender de forma mais humanizada, como a palavra mesmo já diz. Sabemos que para qualquer pai, ver o filho entrando em um centro cirúrgico, é um momento de muita aflição; por isso, queremos que eles desfrutem de um ambiente agradável e não sofram. É importante que os pais saibam que existem uma equipe altamente qualificada de médicos, enfermeiros e técnicos, para atender tanto crianças quanto adultos aqui no HSJosé. Nosso objetivo é buscar sempre melhores alternativas para aprimorar e qualificar o serviço”, relata a enfermeira responsável pelo centro cirúrgico do HSJosé Denize Miguel Moretti.

    Dr. Christian Escobar Prado é um dos médicos cirurgiões pediátricos do hospital; o especialista afirma que humanizar qualquer cirurgia, melhora significativamente o processo, diminui o stress das crianças e até mesmo a ansiedade dos pais. “As crianças sempre necessitam de uma atenção toda diferenciada, e isto, sempre foi um cuidado do Hospital São José, onde são realizadas cerca de 25 Cirurgias Pediátricas todos os meses. O procedimento cirúrgico, a separação da criança, e toda a carga emocional que isso acarreta, sempre foi uma preocupação no atendimento. Neste processo, até o momento se usava uma medicação sedativa, como um calmante, antes da cirurgia, para que a entrada na sala cirúrgica ocorresse sem estresse significativo para o paciente. Existem pesquisas demonstrando, que a presença do responsável até a criança dormir, é o método mais eficiente em diminuir o estresse para ambos”, explica Prado.

A pequena Maíra de apenas dois anos e quatro meses, realizou uma eletrocauterização; para a retirada de pequenas lesões na pela. A mãe, Renata Andrade de Araújo aprovou a iniciativa e afirma que este processo tranquiliza e muito os pais. “Poder entrar na sala de cirurgia com minha filha e saber como ela estará a partir daquele momento, me deixa mais aliviada. Se eu a visse entrando sozinha, certamente ficaria muito mais aflita”, conta Renata.

     Os profissionais que integram a equipe do hospital tornam a humanização concreta. A equipe do serviço foi organizada para atender o paciente pediátrico de forma integral e humanizada. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, estão à disposição do paciente e da família, sempre tendo o melhor tratamento como objetivo. “Ao término do procedimento cirúrgico, o familiar, na maioria das vezes o pai ou a mãe, estará presente ao despertar do seu filho(a), já na sala de recuperação anestésica. Este processo humaniza o atendimento, acelera a recuperação pós-operatória, diminui a necessidade de analgésicos mais potentes, e principalmente, traz segurança e afeto neste momento tão especial”, finaliza o cirurgião pediátrico.

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Katia Farias

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