Família Fernandes terá doce Páscoa
17/04/2014
Ana Clarissa realizando fisioterapia

Família Fernandes terá doce Páscoa



Menina de quatro anos recebe alta após 72 dias de internação na UTI


Criciúma - A Páscoa vai ter um sabor muito mais doce para família Fernandes este ano. Depois de um susto que começou em janeiro de 2014, após descobrir que a falante e sorridente Ana Clarissa de apenas quatro anos estava com um tumor no tórax, a rotina dos pais, Rafael e Ketlin, mudou. Esta semana a menina recebeu alta hospitalar e vai passar a Páscoa em casa.
Sem "acreditar" na história que viveriam a partir daquele momento os pais nunca perderam as esperanças e acreditavam sempre que Ana superaria a doença. "Foram dias muito difíceis, mas a Ana é uma guerreira, ela nos dava forças, sabíamos que mesmo com toda dificuldade ela iria vencer", esclarece Rafael Rodrigo Fernandes, pai da menina.
    A história de Ana começou após os pais observarem um pequeno nódulo debaixo do braço da filha. No mesmo dia, levaram a menina para o pediatra, que atentamente fez todo processo de encaminhamento para um especialista oncológico. Após a biópsia, o laudo constatou que Ana Clarissa estava com o um tumor no tórax e que precisaria passar por uma cirurgia para retirada do nódulo. Assim foi feito. Em um mês de muitas idas e vindas ao hospital, Ana apresentou uma piora por neutropenia; isso acontece quando o organismo baixa a defesa existente. Desde então, seu tratamento começou a ficar mais intenso e preocupante, pois algumas intercorrências apareceram durante o processo de tratamento da doença.
A criança foi internada pela primeira vez no setor de oncopediatria do hospital São José, em Criciúma, no dia 18 de janeiro; no dia 20, após sérias complicações decorrentes da doença, ela precisou ser internada na UTI do Hospital Materno Infantil Santa Catarina, e foi neste momento que as esperanças que restavam no coração dos pais começou a diminuir.
"Foram dias tensos, íamos diariamente no Hospital acompanhar a evolução da Ana. Tenho certeza que a dedicação e carinho da equipe de profissionais da UTI além da vontade de viver da Ana, contribuíram significativamente para que ela estivesse hoje aqui; feliz, alegre e bem. Um resultado deste, esta melhora, para nós que estamos todos os dias com estes pacientes é muito gratificante, é algo motivador. Agradeço a todos, mas em especial a equipe de profissionais da UTI do Hospital Materno Infantil Santa Catarina, que não mediram esforços para ver a Ana recuperada", agradece Adalise Reinke (CRM 13102), médica cancerologista pediátrica, que acompanha o caso de Ana.
     Depois de muito cuidado e um longo tratamento na UTI, Ana Clarissa começou a apresentar evolução no quadro e pode ser removida para o setor de tratamento da Oncopediatria do São José, onde há uma estrutura preparada para estes pacientes.
Ao todo, foram 94 dias de internação, destes, 72 dias na UTI, e em 14 deles, Ana precisou ficar em coma induzido para que o tratamento respondesse com mais eficácia. Todo processo que era acompanhado pelas médicas responsáveis pela oncopediatria do hospital deu resultado. Há duas semanas a serelepe Ana surpreendeu os médicos e recebeu alta da UTI. Começava aí um novo processo; era necessário mantê-la estável e todos os profissionais envolvidos lutaram juntos com Ana que respondia perfeitamente aos estímulos e ao tratamento. Drª Adalisa percebeu que o quadro estava evoluindo e que a menina se recuperava muito bem.
Há três meses sem deixar o oxigênio, Ana já queria falar com as médicas, enfermeiras e colegas sem a máscara que dava suporte a sua respiração. Após novos exames e a avaliação médica, Adalisa constata que Ana está bem e que poderia receber alta. Foram então, mais cinco dias de observação, e hoje, após um longo tratamento e inúmeras intercorrências Ana recebeu alta do Hospital e vai poder saborear seus chocolates ao lado da irmã de um ano de idade que também a espera ansiosa. "Quero chegar na minha casa e brincar muito minha mana. Ganhei muitos presentes e um colchão novo para minha cama. Oque eu quero agora? Quero ficar feliz", finaliza.
O tratamento de Ana continua, ela precisa voltar ao hospital durante um período de tempo para fazer sua manutenção e terminar o ciclo de quimioterapia. Mas Ana pode se recuperar em casa, e partir de agora pode brincar e se divertir com sua família e amigos que tanto ama.

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Katia Farias
Assessora de Comunicação
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